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19 de janeiro de 2015

Festa do Carro de Boi de Heliópolis resgata cultura nordestina no interior baiano


 A imagem de uma carroça puxada por carro de boi com rodas de madeira ainda vem perdendo espaço com o passar do tempo? Não para a população de Heliópolis, município localizado na região nordeste da Bahia, próximo a Ribeira do Pombal, que realizou pela sétima vez, na tarde do domingo passado (11) a Festa do Carro de Boi.

O evento, que resgatou e colocou em evidência as raízes da tradição nordestina do homem do campo há mais de sete anos, reuniu, segundo o empresário Zé de Miguel, coordenador da festa, mais de 100 carros de boi da região e até do estado de Sergipe, 700 cavaleiros e a participação de aproximadamente 12 mil pessoas entre moradores e visitantes.

Para Sr.Manuel Ribeiro dos Santos, 54 anos, carreiro desde os 8 anos de idade, a festa é símbolo de um resgate cultural. “Antigamente ele andava no meio das matas levando mercadorias e transportando pessoas e que  pelo menos a festa que resgata e fortalece a auto-estima do camponês”

Motivo de orgulho também para o Sr. Mauro da Silva, 67 anos, da cidade Poço Verde – SE e que trabalha com carro se boi desde os 9 anos de idade  já participou de todas as edições da Festa do Carro de Boi de Heliópolis.” É como retomar as raízes e há 58 anos sou carreiro com muito orgulho, foi daqui que tirei o meu sustento e criei os meus filhos. dispenso essa tal de tecnologia”.

Cortejo

O desfile tradicional saiu da Fazenda Vaca Brava, no município de Fátima, passando pelo povoado Angico e adentrando o município de Heliópolis. Além do desfile de carros de bois, motoqueiros, cavaleiros, carroceiros, muitos veículos participam da caminhada promovida todos os anos pelo empresário Zé de Miguel, auxiliado pelos seus colaboradores.

Cada carro de boi que passa cria uma expectativa nos moradores e visitantes. Dona Zefira Rabelo, 65 anos, moradora do estado do Mato Grosso, que estava a passeio na cidade, não se cansou de ver os carros passarem: “Muito bonito e estou gostando”, declarou. Muito emocionado também estava o professor Reginaldo da Silva Santos, de Feira de Santana, que teve que esperar por mais de 30 anos para contemplar de perto esta cultura. “Só tenho a agradecer a Deus por participar do evento e contemplar essa maravilha da cultura do homem do campo”.

Para José Guerra e Joaquim Neto, membros da comissão organizadora do evento, a tradição do carro de boi não pode morrer. “Sabemos que todo transporte de mercadorias e de passageiros por muito tempo era feito por este meio de transporte”, disse Guerra. “Isso me traz alegria e felicidade. Obrigado meu Deus”, completou Neto.






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