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12 de novembro de 2012

Ator e diretor Marcos Paulo morre aos 61 anos no Rio de Janeiro


Morreu no domingo (12), no Rio de Janeiro, aos 61 anos, o ator e diretor Marcos Paulo. O último compromisso profissional de Marcos Paulo começou na segunda-feira passada. Ele foi para Manaus participar da 9ª Edição do Amazonas Film Festival, onde foi premiado.
Ele voltou para o Rio no domingo de manhã, já com febre. No início da noite, em casa, na Barra da Tijuca, ele passou mal e desmaiou. Parentes ainda tentaram socorrê-lo, mas não houve tempo. Segundo o médico que prestou atendimento, a causa da morte foi embolia pulmonar.

Em maio do ano passado, durante um exame de rotina, ele descobriu que tinha um câncer no esôfago e fez uma cirurgia para retirada do tumor. O velório e a cerimônia de cremação serão no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.
Marcos Paulo começou a atuar muito cedo, com 5 anos, influenciado pelo pai adotivo. E nunca mais deixou a televisão.
Novelas, séries, histórias do Brasil e dos brasileiros contadas com a ajuda de um homem que nasceu para a televisão. O paulistano Marcos Paulo herdou o gosto pelas coisas da TV do pai, o ator e roteirista Vicente Sasso.
Em 2007 ele falou ao jornalista Renato Cunha como tudo começou. “Cresci no meio daquilo, no meio dos marceneiros fazendo cenário, do pessoal fazendo figurino. Ficava com pessoal ensaiando. Com 5 ou 6 anos me botaram em uma peça infantil. Entrei, fiz uma brincadeira. E a coisa continuou”, contou.
Em 1970 foi contratado pela TV Globo para trabalhar como ator, na novela ‘Pigmaleão 70’, e começou a construir uma carreira de sucesso. Em 72, participou do primeiro programa gravado em cores: ‘Meu Primeiro Baile’.
Em 73, na novela ‘Carinhoso’, se tornou galã de TV. Marca reforçada em vários outros personagens, em novelas como ‘Sinhá Moça’, ‘Desejo Proibido’ e ‘Páginas da Vida’, onde interpretou o médico Diogo.
Para preparar o personagem de ‘Páginas da Vida’, Marcos Paulo viajou para a África do Sul, onde fez questão de acompanhar o tratamento de crianças com o vírus da AIDS.
“Foi um bando de crianças correndo atrás do carro. Teve um que foi até mais longe um pouco. Nessa hora meu olho ficou cheio de água”, contou.
Em 1977, o ator morou em Nova York, onde fez um curso de direção. Já no ano seguinte, estreou como diretor na Globo, ao lado de Denis Carvalho, em um dos maiores sucessos da TV brasileira: a novela ‘Dancin Days’, de Gilberto Braga.
Também como diretor, Marcos Paulo seguiu ajudando a construir com seu trabalho parte da história da televisão, dirigindo séries e novelas que foram sucessos marcantes, como ‘Roque Santeiro’, ‘Delegacia de Mulheres’, ‘Plantão de Polícia’ e ‘Carga Pesada’.
Depois de 12 anos fora das telas, Marcos Paulo voltou a atuar em 2004, na novela ‘Começar de Novo’. O ator sempre foi conhecido por fazer sucesso entre as mulheres. “Existe esse problema com a palavra galã. Acho que você pode ser galã e ser um bom ator, fazer um bom trabalho, pode juntar as duas coisas sem prejuízo de nenhuma delas”, disse.
No ano passado, Marcos Paulo estreou como diretor de cinema no longa metragem ‘Assalto ao Banco Central’. “É sempre uma situação de frio na barriga, uma certa insegurança”, contou.
Ele também tinha planos de gravar um documentário sobre o Deserto do Jalapão e também rodar um filme na Amazônia, de onde voltou no sábado.
Marcos Paulo foi casado com Renata Sorrah, Flávia Alessandra e Antônia Fontenelle. Ele deixa três filhas e a certeza de que a história da TV passou pelo seu olhar.
Amigos falaram sobre a trajetória de Marcos Paulo. Seu último trabalho na Globo foi como diretor do programa humorístico ‘Os Caras de Pau’.
“Um cara muito bacana. O que eu guardo dele foi sempre um cara que nos apoiou muito, desde que a gente estava com o projeto, ele chamou a gente para o núcleo dele, deixou a gente muito a vontade com o programa. Sempre foi muito generoso em dizer: ‘Olha, vocês que fazem a comédia, eu sou da dramaturgia. Estou apoiando vocês, gosto do trabalho de vocês’. Um diretor extremamente competente, amigo, parceiro, um cara extremamente educado, gentil”, afirma o ator Leandro Hassum.
“Uma falta muito grande que ele vai fazer. Eu tive o prazer de trabalhar com ele no ‘Assalto ao Banco Central’, que foi o nosso único trabalho juntos. Ele tinha muita energia, adorava trabalhar, fazer o que ele fazia. A hombridade dele, a honra dele. Ele era um homem do bigode ainda, que falou uma coisa e é isso”, diz Eriberto Leão.
“Criativo, sempre cheio de projetos, trabalhando. A gente ainda está na fase do susto completo. Perdemos um cara amigo ainda com muito a dar, contribuir, criar. Um cara com uma história incrível dentro da televisão. É uma pena, em todos os aspectos”, lamenta Marcius Melhem. 
Fonte: G!

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