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23 de outubro de 2012

Carne artificial pode se tornar a solução para o meio ambiente


A produção de carne, principalmente a bovina, é um processo que demanda muitos recursos, como a necessidade de grandes áreas de pastagens.  Além disso, a pecuária apresenta produtividade muito baixa se compararmos a quantidade de nutrientes que são consumidos pelo gado com a quantidade que é revertida em carne para nosso consumo. Existem pesquisas que mostram que apenas 15% do que os animais consomem é transformado em carne.  Na tentativa de descobrir uma forma de produção de carne que não cause tanto impacto ambiental e reduza o sofrimento dos animais, um grupo de pesquisadores da Universidade de Maastricht (Holanda), comandados por Mark Post, desenvolveu uma carne artificial a partir de células-tronco.
Esse projeto, que é financiado pelo governo holandês e por uma doação anônima, não é o primeiro nessa área. Outros grupos de cientistas vêm trabalhando nesse sentido ao redor do mundo; porém, os holandeses estão bem à frente nas pesquisas, as quais podem culminar na produção de hambúrguer de laboratório ainda esse ano!  As células-tronco utilizadas durante o projeto são provenientes de tecido muscular de bovinos. A cultura desse tecido é feita a partir de cerca de duas mil fibras musculares, que são produzidas e alimentadas com proteínas vegetais e nutrientes semelhantes aos encontrados na dieta do gado. A partir desses resultados, o desafio agora é tornar essa carne artificial tão atrativa às pessoas quanto a carne normal, uma vez que as fibras cultivadas em laboratório não apresentam a coloração típica da carne, pois não há presença de sangue. Além de as fibras serem esbranquiçadas, elas também não possuem a mesma textura e consistência da carne comum, pois a carne artificial, diferentemente dos animais que estão no campo, não passa por exercícios físicos, apresentando-se mais mole.
Uma saída para tornar a carne sintética tão apetitosa quanto a natural é a adição, durante o cultivo das fibras, de corantes e outros aditivos, assim como a estimulação elétrica das células para que o tecido se torne mais “tenso”, dando uma melhor consistência. Depois que todas essas pendências forem resolvidas, o passo seguinte e mais complicado a ser tomado é tornar essa tecnologia acessível à comercialização, uma vez que a técnica usada para a produção desse tipo de carne apresenta custo muito elevado.
 Se os pesquisadores realmente conseguirem colocar essa carne no mercado, o Brasil pode passar por uma grande crise, uma vez que nosso país é o maior exportador mundial de carne. Será que a carne artificial terá boa aceitação no mercado? Será que os vegetarianos farão uso desse tipo de alimento? Faça uma pesquisa de marketing com os seus colegas de classe.

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