Ao observarem as fotos muitas pessoas poderão sentir de imediato uma sensação estranha de perplexidade, espanto ou sei lá o quê. Como pode? Por que fazer isso? Essas perguntas se apresentarão de forma frequente e intrigará muitas pessoas por muito tempo a partir de agora.
A suspensão corporal é feita por pessoas que acreditam que a dor extrema as leva a um nível espiritual elevado, como uma grande meditação. A prática consiste em perfurar partes do corpo (com o auxílio de agulhas) e introduzir ganchos que transpassam a parte da pele, especificamente a derme, que é responsável pela resistência e elasticidade da mesma. Esses ganchos são presos em cabos de aço, que posteriormente são esticados, suspendendo a pessoa.
Quando perguntado sobre o que o levou a fazer a suspensão ele respondeu: “Eu vi em um documentário no History Chanel de pessoas que desenvolviam a modalidade e foi a partir desse documentário chamado de “Mestres da dor”, que foi despertada essa vontade, principalmente ao perceber que a expressão dos praticantes era de prazer, como se estivesse num outro estado de espírito. Uma semana depois de assistir o vídeo fiz uma tatuagem na região da costela (local no qual muitos dizem ser uma região muito dolorida), e por incrível que pareça gostei da dor”, contou Rogge.
Apesar da suspensão normalmente ser realizada por profissionais capacitados, vale ressaltar, não há nada que impeça pessoas que desejem desenvolver a técnica de livre e espontânea vontade, como foi o caso do euclidense, desde que tenham conhecimento sobre o assunto, e já tenham sido colocadas à prova de dor em outras situações.
Um misto de tensão e atenção tomou conta das seis pessoas que acompanharam todo o processo, atingindo um nível de tranquilidade maior ao perceber que o suspenso, nesse caso Rogge, estava totalmente relaxado.
A possibilidade de falha não foi descartada em momento algum, e, por esse motivo, não foram convidadas muitas pessoas para assistirem a suspensão. Todos os cuidados básicos foram tomados como esterilização do material; os locais de perfuração foram devidamente marcados de acordo com as suas pesquisas; o suporte para a suspensão foi construído pelo próprio, já que é um profissional da área (torneiro mecânico), e possui larga experiência em medidas, soldas, etc; assim como toda a sua preparação espiritual.
Por aproximadamente 25 minutos, Rogge Müller ficou suspenso e ainda teve tempo de conversar e realizar algumas explicações sobre esse método de modificação corporal, relatando um pouco da história dos rituais de passagem de tribos indígenas, onde os mesmos eram obrigados a fazer a suspensão corporal, e os preconceitos que poderá sofrer a partir de agora por conta do seu feito. Pra finalizar, é bom salientar que não é qualquer pessoa que pode realizar tal atividade. Isso exige uma série de conhecimentos sobre o seu corpo e o seu potencial de lidar com dor extrema, e principalmente, sobre o assunto.
Fonte: Euclides em Foco
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