"Ribeira não só enfrenta uma das piores secas em termo de clima, mas também termo de competência administrativa”.
Faltando poucos dias para o término de 2012, Ribeira ainda enfrenta uma das piores secas de sua história e a cada dia a situação se agrava. Inúmeros animais já morreram de sede e principalmente de fome e a previsão não é boa.
Não tendo mais aonde colocar seus animas, alguns criadores são obrigados a levá-los para lugares distantes, onde os pastos ainda não são uma preocupação, ou tem que dar ração, para não vê-los morrendo. Ocorre que muitos criadores de animais desse município não têm condições de alimentar toda a criação, ou de levá-la para outras regiões, fazendo com que muitos animais morram na frente de seus donos, que os vendo morrer, ficam tristes e se sentindo impotentes por não poder fazer nada para mudar a situação.
População - Quem sofre com isso não são somente os criadores de animais, mas sim toda população. Ribeira do Amparo, como muitas cidades no interior baiano, têm por base econômica a agricultura e nos últimos dois anos essa atividade tem diminuído visivelmente, atingindo desde quem planta a quem consome e principalmente tornando o alimento mais escasso e muito mais caro.
Uma pesquisa informal feita com moradores de Ribeira revelou que alimentos como feijão e leite, aumentaram de preço cerca de 70% nos últimos meses. E a tendência é aumentar ainda mais, pois segundo previsões meteorológicas, chuva em quantidade suficiente para reverter esse quadro só a partir de meados de Janeiro ou inicio de Fevereiro de 2013.
Triste constatar que esta situação não é só encontrada em Ribeira, mas também em vários municípios da região, mas a administração em Ribeira, além de não dar um real apoio para reverter esse quadro, não toma medidas para minorar os danos, como a decretação de estado de emergência diante da seca, para receber auxílio dos Governos Federal e Estadual.
Diante deste cenário, podemos concluir que Ribeira, não só enfrenta uma das piores secas em termos de clima, mas também de competência administrativa, ou melhor dizendo, da falta dela.
Por: Michele Menezes
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